domingo, 18 de outubro de 2009

Visita da família Torres







Sob os tímidos raios solares de uma tarde de Outono, recebi a família Torres em Vila Real, com o objectivo de os acompanhar a Justes.
O Eduardo já conhecia. Carlos e Denise já tínhamos comunicado via net, faltava só conhecer a simpática Carolina.
O gelo quebrou-se rapidamente, nascendo uma grande empatia entre todos.
O tempo escasseava, não houve tempo para apresentar Vila Real, seguimos directamente para Justes. Receava que o frio do final do dia acabasse por afectar a saúde dos meus amigos.
Apresentei-lhes Justes, a panorâmica geral, as características geográficas da aldeia, a sua história, os apontamentos de arquitectura popular dignos de registo, a igreja onde se baptizou tanta gente, os túmulos dos antepassados, a casa onde teria vivido o avô de Carlos, as ruas, o granito telúrico que sustenta os espaços habitacionais,.... tentando resgatar a vivência rural autentica, ilustrando as imagens que certamente passarão a habitar nas suas memórias.
Visitamos a simpática D. Celina e Osvaldo, familiares de Carlos, que mais uma vez nos receberam, servindo-nos os petiscos característicos de Trás-os-Montes, e partilhando as suas memórias com todos os presentes.
A sua casa parece um verdadeiro museu de objectos que ilustram diversas décadas de existência e que para mim é delicioso ter o prazer de observar, pois transportam-me para a minha infância.
Abriram-se de novo os álbuns de fotografias – o mesmo se tinha verificado quando da visita de Eduardo uns meses atrás.
Eu embevecida observei-os ao longo desses momentos irrepetíveis, dando-lhes espaço para conversarem e organizarem as redes de afectos. Registei esses momentos em dezenas de fotografias, que me ajudarão a recordar esses momentos daqui a uns anos.
A noite aproximava-se, regressamos a Vila Real para encontrar Ricardo. Mais um encontro numa casa já sem memórias mas cheia de conforto e beleza. Uma vez mais se brindou com vinho do Porto, antes do jantar e das despedidas.
Gostei de todos. Espero ter contribuído para a reconstrução e reforço das vossas raízes que afinal são a identidade de cada um.

Espero voltar a vê-los.
Beijo grande
Anabela Quelhas