quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Entre... tanto quer viver


Entre… tanto quer viver!
Autor: J. Bernardino Lopes 
ISBN: 978-989-52-6569-5
Data de publicação: Setembro de 2019
Número de páginas: 170
Colecção: Viagens na Ficção
Editora: Chiado Books
Sinopse
Entre ... tanto quer viver! é um texto de ficção que aborda com crueza e exatidão a doença de Alzheimer. E de uma forma poética, fantástica, ou simplesmente curiosa coloca perguntas fundamentais sobre os mistérios da vida e da morte.
Esta é a história de Othello e Desdémona que acolhem Gene Wilder em sua casa, descobrem a demência dele e tornam-se seus cuidadores. Progressivamente, confrontam-se com a perceção e cognição alteradas, a mobilidade perturbada e a comunicação a reduzir-se ao não-verbal. Uma parte de Gene Wilder vai morrendo e a outra afirma intensamente a sua identidade. Othelo e Desdémona
transformam-se.
Esta é, também, a história de Elmano que busca o essencial da vida e, entretanto, interessou-se por vidas que um dia tiveram sentido para si próprias e para os outros e que agora são ignoradas. Elmano está atento a quem tenta honrar a memória dos que deixaram de ter memória de si mesmos. Elmano e Othello cruzam-se e descobrem a dignidade da vida.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

O SILÊNCIO DO KISANJI


O SILÊNCIO DO KISANJI
            Anabela Quelhas, convida a comunidade vila-realense para assistir à apresentação do seu livro “O SILÊNCIO DO KISANJI”, a realizar no dia 26 de Novembro de 2019, pelas 21h30m, no Centro Cultural Regional de Vila Real (Largo de S. Pedro nº3 em Vila Real).
            A arquitecta e professora, concretiza mais uma etapa do seu projecto de escrita, publicando o segundo livro de uma trilogia autobiográfica, que se iniciou com “O fato que nunca vestimos” publicado em 2017.
            A autora continua a sair da sua zona de conforto, as artes plásticas, aventurando-se no mundo da escrita, com este testemunho. Ao contrário do primeiro livro, que evoca as situações amargas do autoritarismo do Estado Novo em Portugal Continental, este é uma escrita mais doce e tropical, apesar de vivida também durante a parte final do antigo regime, assumido por Salazar e depois mais aligeirado por Marcelo Caetano. As duas situações por vezes tocam-se e invadem-se.
            A dupla vivência em dois continentes foi determinante para a formação da personalidade da autora, abrindo-lhe janelas para a multiculturalidade racial e imprimindo-lhe uma lucidez precoce e crítica sobre a organização das sociedades. Esta não é a perspectiva de alguém comprometido com algo, não é uma perspectiva elitista da população branca da classe média alta, mas também não será a perspectiva da população negra colonizada. É o registo de memórias que contêm a crítica social e política possíveis e adequada à idade da autora naquela época. Contradições? Muitas!

            Todos serão bem-vindos. 





sábado, 12 de outubro de 2019

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

grupo 1940

 Festas centenárias de Justes
Grupo de Teatro?
1940

LEGENDA
1 - Fernando Carvalho 2 - Idílio Conde 3 - Isildo Soares, 4 - Isildo das Eiras 5 - Jacinto Quelhas 6 - Lino Quelhas 7 - Alberto Faustino 8 - José Augusto Torres 9 - Juventino Vieira 11 - Manuel Conde 11 - Angelina Vieira 12 - Joaquim Correia.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

JACINTO QUELHAS - centenário

JACINTO ALVES DE ALMEIDA QUELHAS
Filho de António Correia Quelhas
Felisbela da Conceição Palheiros

Natural de Lamares; lugar de Justes.
Data de nascimento 12|07|1919
Data do óbito: 11|05!1992

Lavrador, explorador de volframite e mestre de obras de construção civil.
Divide a sua vida entre Justes, Vila Real e Luanda.
Com grande experiência na construção civil e na iprodução industrial de vigas de pré-esforçado, assumiu o desafio de projectar a igreja "nova" de Justes em 1961.
Membro da Comissão Fabriqueira da Capela de Sta Maria Madalena e da  Direcção da Associação de Bombeiros Voluntários de Justes.
Honesto, justo, solidário e altruista são caracteristicas que definem o seu perfil de cidadão.
(centenário do seu nascimento)



PLACA DE HOMENAGEM NO SEU CENTENÁRIO, AFIXADA NA FACHADA PRINCIPAL DA IGREJA DE SANTA MARIA MADALENA.

DISCURSO
Homenagem a Jacinto Quelhas

            Estamos aqui hoje para homenagear, Jacinto Alves de Almeida Quelhas. Esta homenagem pontua o seu centenário.
            Nasceu a 12 de Julho de 1919.
            O nosso pai Jacinto, Quelhas para os amigos, teve origem humilde mas de excelência e foi educado dentro dos valores do humanismo. 
            Passou rapidamente da infância para o estado de adulto precoce, já que ficou sem pai aos doze anos de idade, tendo que assumir-se quase como chefe de família, inicialmente orientado pela sua mãe Felisbela Palheiros, impedindo-o de continuar a estudar como estaria nos planos da família.
            Foi um homem bonito por dentro e por fora, em novo e em velho, fazendo parte da geração que viveu os constrangimentos da 2ª Guerra Mundial e nunca esqueceu as suas origens humildes, que esperam por boas colheitas e investem o suor e as lágrimas para adubar as terras.
            Foi lavrador, mineiro, pedreiro, mestre-de-obras e empresário fabril. Teve alguns sucessos na vida e alguns insucessos como toda a gente, seguindo sempre os seus princípios e valores.
            No após guerra teve a coragem de deixar a mulher e duas filhas para procurar nova forma de vida para sustentar a família. Migrou para uma província ultramarina, Angola, mais concretamente para a cidade de Luanda. Permaneceu lá de forma descontínuada até Junho de 1974. 
            A responsabilidade, a honestidade, a solidariedade e a lucidez foram as suas facetas mais acentuadas adquiridas ao longo da vida, com conhecimentos resultantes de uma postura quase auto-didacta, amiga do saber, informando-se através da leitura, e esta foi a grande herança que nos deixou – o seu exemplo de vida. Sempre considerou o seu ponto de partida, as suas origens aqui nesta aldeia de Justes, onde quase todos trabalhavam no campo produzindo aquilo que consumiam, extraindo da natureza o seu magro sustento.
            Nunca expôs a sua família aos perigos da guerra colonial e conhecendo de forma realista o que se vivia nesse território, o seu sonho angolano foi sempre um sonho condicionado, pois era um individuo consciente dos dramas sociais, das suas origens e da sua identidade.
            Foi católico, nem sempre praticante, no significado vulgar que se dá a esta denominação. Não praticava todos os rituais da Igreja, visto que estes foram criados pelos homens e não por Deus. Cumpria os dez mandamentos da lei de Deus e respeitava sobretudo o seu semelhante. Cumpria, não por temer Deus, mas por ser essa a sua condição de Homem, tolerante e bem formado. Era um cidadão, solidário, sempre disponível para ajudar, respeitar e compreender o outro, um homem activo, que fazia acontecer sem esperar pelos outros, tinha sentido crítico sobre o que se passava à sua volta, e era um homem discreto, qualidades que fizeram dele sem dúvida um cristão, católico de baptismo e de ensinamentos. Falhava ao ritual da missa e da comunhão, mas nunca falhou ao ritual da despedida, como supremo dever de acompanhar os mortos à última morada.
            Foi certamente um pecador como todos nós, um ser imperfeito mas com muitas qualidades. Foi um “construtor” em permanência, sempre tinha algo para fazer, um projecto em curso, que animava cada um dos seus dias. Foi um entusiasta das máquinas e das tecnologias que amaciavam a vida dos homens e das mulheres, reduzindo o trabalho braçal dos camponeses e dos operários.
            Ele conhecia bem a vida rude e difícil dos transmontanos.
            Quando eu disse que foi um lavrador, não foi por acaso. Ele não foi um agricultor, ele foi um lavrador de arado a rasgar a terra.
            Nunca recusava a ajuda a ninguém, por vezes até a pessoas que não a mereceram. Cuidou sempre da sua mãe, dos seus irmãos, das suas filhas e até aceitou sem hesitações, ser tutor de duas meninas órfãs, quando um drama da vida lhes tocou à porta.
            Teve só uma única companheira, toda a sua vida, a nossa mãe, que estimou, cuidou e amou sempre. Adorava os seus quatro netos e sempre que eu referia que um deles era tão giro quando bébé, dizia-me sempre: “Nos nossos filhos e netos, todas as idades são bonitas. “
            Fez muitas obras na sua vida profissional.
            Quando eu tinha 4 ou 5 anos, vi pela primeira vez um projecto de arquitectura que era esta igreja e percebi muito espantada, numa atitude muito curiosa e de pequena aprendente, as voltas que aquilo dava para se fazer esse trabalho. Tinha que subir a uma cadeira para ver os desenhos onde estava proibida de tocar. As horas gastas até ao apuramento final foram muitas. A nossa mesa da sala estava sempre cheia de papelada, réguas e esquadros, e o meu pai e as minhas irmãs, especialmente a mais velha, ajudava-o no rigor do desenho.
            Tudo foi desenhado consoante a sua imaginação, considerando algumas indicações de outras pessoas, atendendo às igrejas que já tinha visto noutras paragens, e à sua experiência na arte de bem construir. Tudo foi projectado com a sua orientação. E este grande arco ogival que não é de fácil execução, é a evidência da qualidade do seu trabalho.
            Poderei dizer que esta igreja nasceu na nossa casa. Evidentemente, que muitas foram as pessoas que contribuíram para a concretização deste projecto colectivo de uma comunidade inteira, mas de facto esta igreja nasceu pelas suas mãos e pelo depuramento assertivo dos seus conhecimentos e imaginação. Já teve reparações, obras de beneficiação, o interior já foi de mármore, agora é de madeira e futuramente terá outro revestimento qualquer, segundo o gosto das futuras gerações, mas a matriz manter-se-á por séculos.
            Ao fazer 100 anos sobre o seu nascimento, achei justo e oportuno, que isso ficasse registado para memória futura desta comunidade, através de uma placa, em que as novas tecnologias nos permitirão consultar toda a informação disponível, e nos permitirão actualizar sempre com novos dados e informações a esse respeito e que enriquecerão a nossa identidade e o nosso património.
            Em meu nome e das minhas duas irmãs Lina e Maria Ermelinda, agradecemos ao Senhor Padre Amílcar e à Junta de Freguesia por acederem a este nosso pedido e estendo este agradecimento às pessoas que aqui estão presentes e que o conheceram.
            Dois meses antes de nos deixar, numa das muitas conversas que tivemos perguntei-lhe se tinha medo de morrer. A resposta foi rápida e frontal. NÃO, sem pensar muito ou manifestar alguma dúvida.
            Quantos poderão responder assim?
            Esta resposta é a prova que estava bem consigo mesmo e com os outros, vivendo um equilíbrio perfeito também e supostamente com Deus.
            Partiu muito cedo, sem aviso prévio, muito de acordo com a sua personalidade, já há 27 anos, deixando-nos, nós filhas, eternamente órfãs, porém considero que ninguém morre enquanto viver no nosso coração e enquanto alguém o recordar. 
            Grata pela vossa atenção.

Anabela Quelhas (filha).

NOTÍCIAS DE VILA REAL



domingo, 26 de maio de 2019

IGREJA DE SANTA MARIA MADALENA

IGREJA DE SANTA MARIA MADALENA
INICIO DO PROJECTO: 1961
INÍCIO DAS OBRAS: 1964
AUTOR DO PROJECTO: JACINTO ALVES DE ALMEIDA QUELHAS

RECOLHA DE DIVERSOS DOCUMENTOS:
ANTEPROJECTO DOS JUSTENSES UNIDOS


CAPA


PEÇAS DESENHADAS EM PAPEL VEGETAL




MEMÓRIA DESCRITIVA







PEÇAS DESENHADAS CÓPIAS









MEDIÇÕES ESPECIFICADAS PARA CONSULTA DOS CANDIDATOS À CONSTRUÇÃO DE ALVENARIA


LISTA DA COMISSÃO ORGANIZADORA DA CONSTRUÇÃO DA IGREJA DE JUSTES
vinte elementos

  •  Padre João António Teixeira Sampaio 
  • Juventino Fernandes Vieira
  • Fernando de Carvalho
  • António Alberto da Silva
  • Camilo da Silva Teixeira
  • Manuel Rodrigues da Silva
  • José Augusto Rodrigues
  • António Joaquim Correia
  • João Augusto Vicente Pereira
  • José Fernandes Branco
  • Domingos Cassiano Torres Mota
  • Agostinho Rodrigues
  • António Luiz Leiróz
  • António Ribeiro Torres
  • António Augusto Correia Fontes
  • Jacinto Almeida Quelhas
  • Manuel Belmiro Alves Garfejo
  • Amâncio Augusto Moreira Torres
  • Alvim Soares Monteiro
DIVERSAS FACTURAS DESDE 1964 A 1972 - 8 anos de obras











PROPOSTA DE EMPREITADA







quarta-feira, 9 de janeiro de 2019