terça-feira, 31 de março de 2020

GALEGO




Aqui a palavra galego não significava pessoa nascida na Galiza.
Galego tinha um outro sentido.
“Trabalhar como um galego” era aqui utilizada com expressão ligada alguém que trabalhava muito, realizando trabalho duro, pesado e intenso e sem reclamar. Trabalhar como uma besta! Trabalhar como um escravo, para além dos limites do razoável.
Já o termo galeguice, supunha já uma ação atabalhoada realizada por alguém rude e ignorante.
A explicação histórica:  
“Devido ao facto de a Galiza ser uma região rural e pobre ou como modo de fugir ao serviço militar, aliado à proximidade fronteiriça e às afinidades linguísticas, fizeram de Portugal um destino de emigração galega. Desde a Reconquista Cristã e dos primórdios da nacionalidade que há registo da presença de galegos no território português. De forma mais expressiva, porém, a partir do século XVII, favorecido pela dominação filipina, recrudescendo no início do séc. XVIII, para os meios rurais, sobretudo em ocupações sazonais ligadas à agricultura, e de forma mais permanente para as cidades, sobretudo Lisboa e Porto, que chegaram a ter significativas comunidades galegas.
(Dedicavam-se às mais variadas profissões e ofícios, mas sobretudo aos trabalhos mais pesados e humildes, tais como taberneiros, carvoeiros, moços de fretes, amoladores, proprietários de casas de pasto e de hospedarias. É, no entanto, a profissão de aguadeiro aquela que, até ao início do séc. XX e à introdução da água canalizada, mais se associa aos galegos. Os aguadeiros eram licenciados pelo município e estavam organizados em companhias. Percorriam as cidades de Lisboa e Porto vendendo, de forma «avulsa» ou «por assinatura», a água que carregavam em barris e de que se abasteciam nos chafarizes e fontanários públicos em bicas que lhes estavam destinadas. Em Lisboa, os panos brancos nas janelas sinalizavam a necessidade de água, que eles transportavam até às cozinhas das casas, vazando-a nos potes de barro colocados nos poiais. Cabia-lhes também, por inerência, o combate aos incêndios. Nos séc. XVIII e XIX, os aguadeiros galegos eram olhados pela população de Lisboa como cobrando excessivamente pela água, havendo mesmo legislação a estabelecer limites de preço, e pelo facto de acorrerem aos incêndios recebendo por isso, sendo vistos como gente que lucrava com os infortúnios.)
A própria informalidade do mercado de mão de obra galega em muitas daquelas profissões, em que as transações eram feitas no momento, de forma arbitrária e muitas vezes de acordo com a cara e a necessidade do cliente, podem ter criado a ideia do galego como pessoa pouco confiável.
De salientar, por último, que, por antonomásia, o uso depreciativo de «galego» se generalizou no sul de Portugal aos naturais do Norte e mesmo das Beiras, e no Brasil aos portugueses.
In Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/sobre-a-expressao-es-mesmo-um-galego/31369 [consultado em 31-03-2020]

UM PESADELO... AFINAL NÃO


UM PESADELO… AFINAL NÃO
            Escrevi o último artigo a 7 de março e foi publicado 4 dias depois. Escrevi sobre o Corona Virus, mas estava longe de imaginar o drama em que se converteu, apesar de informada.
            Ainda fui festejar o Dia da Mulher num restaurante lotado de mulheres que riram alegremente toda a noite. Saí sem precauções, nem me passou pela cabeça não ir ao jantar para evitar contágios. Não imaginava que hoje, quase 20 dias depois, estaria em casa em isolamento há 17 dias, com saídas muito condicionadas, a ver televisão de manhã à noite, preocupada com o rumo que isto tomou e sem fim à vista.  
            No dia 9 de Março as faculdades de medicina encerraram por recomendação do Conselho das Escolas Médicas Portuguesas – este foi o verdadeiro alerta para alguns portugueses, apesar dos “achistas” e dos “tudólogos” que iniciavam a sua epidemia da desinformação.
            No dia 12 a UTAD fechou.
            A partir desse dia recolhi-me em casa, preocupada com os infinitos contactos que uma escola ocasiona diariamente.
            Nestes vinte dias vivemos situações que só tínhamos visto no cinema de ficção e julgávamos de vivência improvável:
Escolas encerram | Tele trabalho improvisado a arranca em força |Corrida aos desinfectantes e à comida nos supermercados |A epidemia em Itália assusta |A “morrinha” começa na zona norte |  Morre Gregotti | Faço um cálculo grosseiro sobre a razão de casos de cada dia e tomo a noção dos números futuros que se vão cumprindo nos dias seguintes |A descordenação inicial confronta-se com as criticas daqueles que pensam que tudo é muito simples de organizar | Assunto domina todos os canais da televisão |Esgota-se o papel higiénico, álcool nem vê-lo, luvas às vezes e o desinfectante tenho um frasco que sobrou da gripe A | Todos tomam vitamina C | Um presidente da republica bem-intencionado mas um pouco valentão acaba em quarentena | Tenta-se uma corrida contra- relógio para evitar o pico da gripe | O primeiro ministro mostra empenho e competência para tentar organizar esta guerra invisível | Os militares de prevenção montam  tendas de campanha | Os prevaricadores ignorantes apanham sol na praia de Carcavelos e na Póvoa de Varzim |O crescimento é exponencial dos casos infectados confirmando as previsões |O pesadelo vive-se no norte da Itália e em Espanha mesmo aqui ao lado | Contam-se munições – 56 comprimentos benurons e os bruffens para duas semanas de tratamento e ventiladores, máscaras luvas, fatos, viseiras e faltam, faltam  | Os lares de idosos são infectados e os casos são logo às dezenas | As urnas em Madrid alinham-se no Palácio do Gelo | É declarado formalmente o Estado de Emergência  !  A cidade de Ovar está isolada e seguem-se outras cidades |A guerra do inimigo invisível…
MEDO
As contradições dos neoliberais manifestam-se| Trump, Bolsonaro e Boris armam-se em valentões defendendo a teoria do resfriadozinho | Falta equipamento de protecção | Os que foram de férias já com a pandemia a alastrar, não conseguem regressar e reclamam | Um ministro diz que o governo não é uma agência de viagens | Os concertos #ficoemcasa animam a malta | Os emigrantes voltam para Portugal e alguns fogem da quarentena | As fronteiras são cortadas | As fakes news reproduzem-se | A teoria da conspiração impera |Os médicos cubanos vão ajudar a França | Faltam ventiladores nos hospitais |As despensas enchem-se de enlatados | A onda de solidariedade inicia-se — industriais tentam produzir equipamento | Os professores cooperantes em Timor têm a sua segurança em risco | Falo por vídeo com a família e amigos que já não vejo há 20 dias | A ilusão que os hospitais privados vão receber infectados a custo zero | O príncipe Carlos infectado e Alberto do Mónaco também | Sua majestade exibe mascaras da cor dos seus vestidos exuberantes | Boxers são transformadas em máscaras e toucas (o engenho) | O humor negro circula na net | Anunciam-se despedimentos e desemprego |Os economistas desenham os piores cenários | Rui Rio abandona a Assembleia para dar o exemplo (gostei) | Daniel Sampaio explica na televisão, o pânico e o medo | Os Jogos Olímpicos são adiados | Alerta Laranja para Lisboa, Porto e Aveiro |Boris está infectado |O 2º período termina e os pais reclamam contra o excesso de tarefas que chegam a casa | Afinal não é um vírus, é uma proteína | A Espanha compra testes defeituosos | Avião chega da China sem ventiladores, com 24 de 35 toneladas previstas, de fatos, máscaras e luvas  | Os médicos estão apreensivos, daqui a dias terão que escolher quem vão salvar |O Conselho Europeu e a intervenção do ministro das finanças da Holanda ficam para a História desta Europa cheia de contradições | Costa reage  indignado e bem | Francisco reza sozinho na praça de S. Pedro, vazia. | Máscaras de mergulho são transformadas em ventiladores – a improvisação dos portugueses / O pico, felizmente, transforma-se em planalto, para Maio.
            Espanha totaliza 5690 mortos, com 7871 novos casos | Portugal totaliza 5170 infectados e 100 mortos  | Itália 40 mortos por hora e perde-se contabilidade rigorosa (28 de Março)-
            Quando tenho que sair de casa, é um pesadelo – por o gorro, vestir um fato de treino, arranjar uma estratégia de contacto mínimo com supostos infectados, colocar as luvas e máscaras e saber como e quando retirá-las. As informações por vezes contradizem-se. Esta é uma guerra, sem tiros e sem bombas, mas com o número de mortos a crescer. É uma guerra de ficar em casa. Os hiperactivos queixam-se, como se estar em casa fosse algo terrível…. Nunca ouviram a metralha noite e dia! distraem-se com cantorias à janela e aventuras no sofá.
             Todas as manhãs acordo convencida que tive um pesadelo… afinal não. Em menos de 20 dias o país quase parou… até quando?

Anabela Quelhas

Nota, o virús chega também a Justes.

domingo, 22 de março de 2020

CASAMENTO ENTRE JOAQUIM ALVES FURCADO E ANA MARIA PALHEIROS

Joaquim Alves Furcado, nasceu em 9 de Abril de 1851, baptizado a 16 de Abril de 1851pelo padre Bernardo Alves Furcado (seu tio paterno), também padrinho e como madrinha Isabel Alves viúva de um tio Furcado;.

Ana Maria da Conceição (Palheiros), nasceu a 9 de Março de 1851, baptizada a 19 de Março de 1851, pelo padre Manuel Alves Cancela, tendo como padrinhos António Monteiro dos Palheiros e  Isabel Vilela (solteira);

Casaram a 22 de Março de 1877.
HÁ 143 ANOS

Este vestido pertence a uma descendente de Ana Maria Palheiros: Sandy Conde

sábado, 21 de março de 2020

Marina Torres Roedel

(para memória futura, a pedido de Carlos Alberto Torres)
Em 21/03/2020, nasceu Marina, 4a. geração de um "filho" de Justes - Serafim Ferreira Torres que partiu para o Brasil no fim do século XIX.
Serafim Ferreira Torres, filho de João Ferreira Conde e Antonia  Fernandes Torres, teve seu 1o. filho - Serafim Torres Filho em 1920 no Rio de Janeiro, posteriormente, em 1954 nasceu  seu neto Carlos Alberto Torres e em 1986 a sua bisneta Carolina Hammes Torres, ambos nascidos também no Rio de Janeiro.
Marina Torres Roedel,  filha de Carolina Hammes Torres e Bruno Barbosa de Oliveira Roedel, nasceu também no Rio de Janeiro.
Abaixo fotos da Marina e da visita da Carolina a Justes em 2009.


 Marina Torres Roedel
Carolina em visita a Justes em 2009, com sua mãe Denise, seu pai Carlos Alberto e seu irmão Eduardo.


Visita de Carolina a D. Celina em Justes, prima dos seus avós e tias.
Residência onde teria residido o trisavô da Marina em Justes.

quinta-feira, 12 de março de 2020

EQUIPA DE FUTEBOL -

EQUIPA DE FUTEBOL - ANO?
Abel - Alcindo - Guilhermino - Fausto - António - Daniel - Óscar - ?
Amândio - ? - Zé - Joaquim - ? - Benjamim

EQUIPA DE FUTEBOL

Equipa de futebol -- ano?

Hermínio - Nelito - António - Alcindo - Abel - Pedro Gil
? - Alcides - Benjamim - ? - Jorge Palheiros . Jasmim

quarta-feira, 4 de março de 2020

CASAMENTO

IRENE E ABEL

Milú, Celino, ? Albertino
Manuela, Paulo, ?, Maria Augusta, Lícínia, Marcília, Manila
Mª Beatriz, Maria Odília, Irene, Abel, Natalina,
Conceição.