JUSTES A nossa herança cultural também é formada por malhas de afectos que nos ligam aos sítios e às pessoas, definindo e justificando cada vez melhor as viagens que oscilam entre passado e futuro. Referências, laços, percursos e registos que só são valorizados pelos que partilham essa herança.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
S. João de Lamares
Hoje e amanhã os nossos vizinhos estão em festa!
Saúde!!!!!!!!!!!!!!!
VIVÓ S. JOÃO!
Festa popular que ainda é vivida também por muitos naturais de Justes, que legalmente são de Lamares. Uma espécie de dupla nacionalidade que usufruem alguns "felizardos" que podem exibir no seu bilhete de identidade a naturalidade da frequesia de Lamares, o que em certas ocasiões dá jeito - refiram-se algumas histórias sobre estacionamentos de viaturas em recintos reservados exclusivamente para os naturais de Lamares, durante a festa do S. João, ocupados orgulhosamente pelos nascidos em Justes, devidamente identificados pelo seu BI.
terça-feira, 22 de junho de 2010
FONTES E CANASTRO DE JUSTES
sábado, 19 de junho de 2010
Habitação Coutinho
Rua Dr. Otílio Figueiredo
Habitação - de Manuel e Ilda Coutinho
Casa de dois pisos de granito e três frentes, constituindo o remate de uma construção continua e à face da rua Dr. Otílio Figueiredo, e fechada para a mesma. Esta casa, com um pequeno átrio aberto na transição para a rua, e varanda no piso superior, contrasta com o troço de rua que se anuncia depois, estreito e sombrio. Espaços exteriores cuidados e adornados sempre com muitos vasos floridos.
Por aqui já passaram diversas famílias.
(1945 - habitada por Jacinto Quelhas e Ermelinda Correia, onde nasceu Maria Ermelinda Quelhas )
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Um livro INTERROMPIDO
Morreu José Saramago.
Este ponto final, parágrafo de fim de vida, recordou-me outro ponto finalíssimo de há 18 anos atrás.
.......
Um dia descobri que o meu pai também lia Saramago.
Depois das refeições, esticava-se no sofá, descia os óculos, pousados transitoriamente na bonita calvice, e encaixava-os sobre o nariz para iniciar os momentos da leitura.
Por vezes adormecia serenamente, por breves instantes, ampliando e enriquecendo a leitura noutras dimensões, e despertava, ainda na mesma página seleccionada, retomando a leitura sem qualquer sobressalto..
Quando tinha disponibilidade para o ouvir, contava-me sobre o que lia, especialmente se eu ainda não tinha lido a obra em causa.
Aconteceu com o "Evangelho segundo Jesus Cristo" de José Saramago. Criaram-se diversos momentos de análise e de partilha da obra, que tanta polémica causou nessa época, servindo de ponto de partida para outros contextos, para vivências diversas.
Numa manhã de 2ª feira, o meu pai surpreendeu-se, com a estática definitiva do seu coração.
Surpresa partilhada por todos:
Impossível de prever.
O livro ficou a meio.
Fiz questão em herdar aquele livro e traze-lo para casa.
Não sei em que página foi interrompida a sua leitura, porque nunca abri o livro, mas sei que ficou marcado com uma folha de papel, que continua lá.
Não, nunca abri o livro.
O livro vive junto de muitos outros, numa das minhas estantes.
Olho para ele muitas vezes, e olho por ele... limpo-lhe o pó, alinho-o, ou organizo a sua localização, mediante os livros vizinhos. Passo os olhos pela lombada e proporciono-me a viagens relâmpago ao passado.
Nunca quis abri-lo, nem nunca quis lê-lo.
Nem esse, nem outro exemplar da mesma obra, porque para mim só faz sentido, aquele livro, assim mesmo:interrompido e fechado.
Jacinto Quelhas (1919 - 1992)
Fotografia de 1970
quinta-feira, 10 de junho de 2010
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