domingo, 19 de outubro de 2014

Elogio funebre (1912-2014)


Hoje  Justes ficou mais pobre

Ao virar os 100 cheguei a acreditar que ele era imortal e que a vida finalmente venceria a morte.

Os anos passando e a lucidez a trocar as voltas à demência, a vontade de viver ignorando as maleitas e os contratempos dos 70, dos 80, dos 90 e mesmo dos 100 anos. Acreditei sempre em mais e mais, convenci-me que continuaria assim eternamente

Não foi assim.

Um dos meus exemplos de dignidade e honestidade deixou de existir neste mundo  terreno.

Evocar Rousseau é muito pouco para referenciar um exemplo de vida, evocar César e Jesus não me conforta, nem me contém as lágrimas.

Adeus tio Alberto.

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