Hoje Justes ficou
mais pobre
Ao virar os 100 cheguei a acreditar que ele era imortal e
que a vida finalmente venceria a morte.
Os anos passando e a lucidez a trocar as voltas à demência,
a vontade de viver ignorando as maleitas e os contratempos dos 70, dos 80, dos
90 e mesmo dos 100 anos. Acreditei sempre em mais e mais, convenci-me que
continuaria assim eternamente
Não foi assim.
Um dos meus exemplos de dignidade e honestidade deixou de
existir neste mundo terreno.
Evocar Rousseau é muito pouco para referenciar um exemplo de
vida, evocar César e Jesus não me conforta, nem me contém as lágrimas.
Adeus tio Alberto.
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