JUSTES A nossa herança cultural também é formada por malhas de afectos que nos ligam aos sítios e às pessoas, definindo e justificando cada vez melhor as viagens que oscilam entre passado e futuro. Referências, laços, percursos e registos que só são valorizados pelos que partilham essa herança.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
GLOSSÁRIO VI
sábado, 18 de abril de 2009
Serafim Ferreira Torres - puzzle familiar
(clique sobre as imagens para ampliar)
Serafim Ferreira Torres - irmao de:
-Basilio Torres – esteve no Brasil e regressou para Justes, teve uma filha chamada Celina.
- Joaquim Torres - ?
- Antonio Torres – Veio para o Brasil e faleceu .
- Mariquinhas – Teve 2 filhos, um chamado Augusto que foi para o Brasil já faleceu – foi casado no Brasil com Brígida portuguesa (falecida) – tiveram um filho no Brasil, tb chamado Augusto (Augustinho) (moraram no Catete e Petropolis) deve estar vivo.
- Izabel – Teve 1 filha Lourdes (já falecida), estiveram no Brasil e a Izabel regressou a Portugal. Tiveram uma horta e um estábulo com vacas para venda de leite na Rua General Polidoro (hoje é uma oficina mecânica)
- X (?) era casado com Ana – Teve uma filha Dionisia e um filho chamado Horácio – falecido, casado com Olivia (viva) - esteve em Justes nos anos 80.
Glossário V
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Habitação de 1790
Conhecida como a casa da D. Olívia do Maires, construída no século XVIII, em 1790, e é uma das mais antigas de Justes. Esta proprietária faleceu e o espaço foi herdado por um dos seus descendentes.
A casa foi recentemente submetida a obras de remodelação para fazer face às novas exigências habitacionais do novo morador.
Inicialmente era uma casa-pátio, exemplo tipico da algumas regiões do norte de Portugal, que constam em alguns documentos da arquitectura popular. Construção fechada para a rua, resguardada de quem passava ao longo desta, possibilitanto uma grande privacidade aos seus moradores, totalmente virada para o seu interior, abrigando de forma maternal toda a vivência de uma familia.
O pátio constituía um espaço muito funcional, de apoio a uma grande casa cujos proprietários viviam da agricultura. Nesse pátio repousavam algumas alfaias agricolas, e era o espaço de transição entre diversas portas, entre diversos espaços multifuncionais .
As paredes de granito mantiveram-se, mas ficaram nuas, foi-lhes retirada, décadas e décadas de cal. Os muros confinantes com a rua, encolheram ou elimiram-se. Misturaram-se diversos elementos, alpendre de entrada, gradeamento com elementos dourados, porta em ferro forjado, marquise, balaústres de cimento e palmeiras que nada têm que ver com a casa original. Safou-se a inscrição no granito de uma padieira, com a data da construção inicial,1790, enquadrada numa linha circular em baixo relevo e encimada por uma cruz de simbologia cristã.
Obviamente que as condições de habitabilidade foram melhoradas e talvez a maioria das pessoas não seja sensível à descaracterização da rua.
terça-feira, 14 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
ALCUNHAS (3)
domingo, 12 de abril de 2009
Páscoa
Limpam-se as casas de véspera. Antigamente esfregava-se o soalho e as escadas em granito, arejava-se bem a casa, varria-se a rua com vassoura de giesta.
A semana santa decorre com o lava-pés e a via-sacra percorrendo as ruas de Justes, com paragens nas diversas cruzes existentes em diversos pontos da aldeia. Alguns fazem jejum ou mais exactamente a abstinência da carne, outros não, mas todos esperam pelo almoço do dia de Páscoa e pelos folares.
Ao sábado já se chama sábado aleluia.
A Páscoa associa a festa religiosa à tradição gastronómica.
No almoço de Páscoa é servido o tradicional cordeiro assado com arroz e batata assada, com aletria como sobremesa doce. O almoço é normalmente após a missa de Páscoa e pode ser antes ou depois do compasso, depende do local onde a casa se situa na aldeia.
Entre a saída da missa e o almoço é costume presentear os afilhados com o dito folar, e o sino repica anunciando o início do compasso.
Aqui o folar é feito de pão-de-ló, de massa bem amarelinha graças aos ovos caseiros, coberto com alvo suspiro feito de claras e açúcar. Este bolo é confeccionado em casa, antigamente em forno de fogão de lenha, e o suspiro da cobertura é decorado pelas mãos das donas de casa, utilizando como recurso o rabo de uma colher de chá, que vai delineando sobre o suspiro os desenhos de cornucópias, espirais, circunferências concêntricas, linhas rectas e onduladas. Os ornamentos são enriquecidos com pérolas e missangas de açúcar, confetis ou amêndoas doces.
O compasso é um pequeno cortejo formado pelo padre, o sacristão que transporta a cruz e dois ajudantes, um que anuncia o compasso através de uma pequena sineta e outro que leva um saco para recolher o “folar” do padre, todos vestidos de opa branca ou vermelha.
Este conjunto de quatro elementos deve percorrer todas as ruas da aldeia e entrar em todas as casas que tenham as suas portas principais abertas para receber o Senhor. Como a aldeia é bastante dispersa, o compasso realiza-se antes e depois do almoço.
Quem está em casa, ouve a sineta e já sabe que o compasso anda por perto.
Normalmente juntam-se os que vivem em casa, na sala e esperam pelo compasso. Há pessoas que vêm das suas casas e esperam de novo o Senhor noutras casas junto dos familiares.
O sacristão entra, cumprimenta as pessoas e vai passando a cruz com Cristo, decorada com flores, para ser beijada por cada pessoa. Recentemente por motivos de higiene, a cruz vai sendo limpa com um pano, antes de cada beijo. O padre diz aquelas formalidades religiosas, dá a benção pascal e benze os sítios com água benta. Entretanto o dono da casa já colocou em sítio estratégico, o folar do padre, que se traduz em dinheiro, que é recolhido pelo ajudante do saco.
Dá-se a noticia da ressurreição de Cristo, Aleluia e deseja-se boa Páscoa. Oferece-se algum petisco ao padre, que normalmente rejeita, pois é impossível comer em todas as casas.
No final o compasso recolhe à igreja, o sino toca de novo, marcando o final. Algumas famílias lancham juntas para se deliciarem com a bola de carne fresquinha, feita de manhâ cedo, o folar e um calistro de vinho de Favaios.
sábado, 11 de abril de 2009
CICLO DO MILHO
sexta-feira, 10 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Expressões III
"António" não é muito católico _ "António" não é mentalmente normal, individuo que não é muito certo da cabeça.
Estar preso como o burro à estaca - estar à espera de forma impaciente, não podendo sair do lugar.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Serafim Torres 1904
Hoje recebi um e-mail de um descendente de Serafim Torres, alguém que nasceu e viveu em Justes até 1904, até emigrar para o Brasil, para a cidade Rio de Janeiro.