domingo, 8 de novembro de 2020

GAITINHA DE AMOLADOR DE TESOURAS

A meio da manhã, a mãe penteava-me as tranças, dava-me a mão e íamos à feira no cima do povo. A mãe dirigia-se ao tendeiro Octávio que tinha sempre novidades variadas - as camisolas interiores, meias de vidro, combinações, cuecas, camisolas, atoalhados, lençóis... eu largava a mão da mãe e procura outras tendas que me agradavam mais. As melhores eram do Letra pai e do Letra filho, que vendiam pequenas coisas para a costura, adorno pessoal e outras bugigangas. Eram os ganchos para o cabelo, pentes, os alfinetes, os botões, os colchetes, carrinhos de linhas, agulhas para fazer meias, dedais, linhas.... e as canetas com mulheres de perna à mostra, os quebras-cabeças de algarismos e labirintos, os espelhos, lâminas de barbear, as gaitinhas de capador ou de amolador de tesouras...

Tive várias destas, que se iam partindo... hoje não tenho nenhuma.


 

 

SERRAÇÃO PALHEIROS QUELHAS

 


SERRAÇÃO DE CIMA

Já não existe, esta fotografia é de 2005

Os proprietários iniciais eram todos de Justes:

Albertino Palheiros, António Taveira (vendeu a sua cota e criou posteriormente outra serração), Augusto Palheiros e Jacinto Quelhas.

Arquitectura industrial rudimentar, com paredes portantes de granito e cobertura em telha cerâmica dividida em diversas águas. O espaço era amplo e aberto a norte a poente.

O pavimento da zona fabril era de terra batida onde existiam várias máquinas de corte e de tratamento da madeira (máquinas MIDA)

Havia, um anexo que funcionava como escritório, uma balança para pesagem de grandes cargas, uma cabine eléctrica antiga com quarto do guarda, uma cabine electrica moderna, um tanque e um grande armazém de secagem.

A água utilizada provinha de um terreno localizado no Alto Vidual.

Realizavam-se várias tarefas:

Recepção de árvores, descascamento, corte grosseiro e corte especial, armazenamento e secagem empilhada.

Num terreno anexo havia um pomar de maçãs .que nada tem a ver com a indústria.

Horário - de segunda a sábado.

O seu guarda mais conhecido chamava-se Serafim.era de Constantim. Os operários eram de Justes, Pinhãocel, Lamares, Sanguinhedo, Parada, Balsa, Leirós.

Quando os elementos da sociedade atingiram a idade da aposentação, a serração foi vendida.

Hoje existe apenas a sua memória.











sexta-feira, 6 de novembro de 2020

ALFAIAS PARA SEMEAR E SACHAR O MILHO

 

PARA SEMEAR MILHO
PARA SACHAR O MILHO

Fotografias de Getúlio Ribeiro

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

ENXOFRADEIRAS

 



Imagens de Getúlio Ribeiro

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

PULVERIZADOR


 Fotografia - Américo Correia

terça-feira, 3 de novembro de 2020

MOLHELHA E JUGO

 

MOLHELHA E JUGO

Imagem Américo Correia

domingo, 1 de novembro de 2020

ARCO

Um pequeno aro de metal e uma haste improvisada de arame ou madeira pra controlar, faziam de brinquedo infantil. Quem não experimentou correr com o arco à frente e testando o jeitinho na condução?

Adorava correr com o arco, apesar que naquela altura, as pessoas achavam que era uma brincadeira de rapazes. Eu vestia calções e lá ia eu. Descia a rua da Pereira e ia até às Fontes, depois tentava subir a rua até à igreja, mas aí convencia-me da minha azelhice.

Uma vez percebi que colocando o interior do carrinho de costura na extremidade da haste que tocava o arco, este rolava mais direitinho.