A meio da manhã, a mãe penteava-me as tranças, dava-me a mão e íamos à feira no cima do povo. A mãe dirigia-se ao tendeiro Octávio que tinha sempre novidades variadas - as camisolas interiores, meias de vidro, combinações, cuecas, camisolas, atoalhados, lençóis... eu largava a mão da mãe e procura outras tendas que me agradavam mais. As melhores eram do Letra pai e do Letra filho, que vendiam pequenas coisas para a costura, adorno pessoal e outras bugigangas. Eram os ganchos para o cabelo, pentes, os alfinetes, os botões, os colchetes, carrinhos de linhas, agulhas para fazer meias, dedais, linhas.... e as canetas com mulheres de perna à mostra, os quebras-cabeças de algarismos e labirintos, os espelhos, lâminas de barbear, as gaitinhas de capador ou de amolador de tesouras...
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