JUSTES A nossa herança cultural também é formada por malhas de afectos que nos ligam aos sítios e às pessoas, definindo e justificando cada vez melhor as viagens que oscilam entre passado e futuro. Referências, laços, percursos e registos que só são valorizados pelos que partilham essa herança.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Festa de Justes de 1974
Recolhi agora mesmo no facebook da Sandy Conde.
Recuei muitos anos atrás e resolvi escrever.
Estava aqui exactamente na festa de Justes de 1974.
Uma aldeia que dava os primeiros passos nos conceitos da liberdade. Todos dávamos os primeiros passos nos caminhos da liberdade. Os cravos ainda estavam frescos.
Justes fazia a sua festa anual, com programa como todas as outras - procissão das velas, feira franca, variedades, teatro...
Ficou-me um sabor amargo desta festa, apesar do altifalante escancarar as vozes da música da gaivota que voava voava e outras nascidas pós abril. Não passava Zeca Afonso, mas passava o popularucho da revolução, o que é compreensível.
Nesta festa já se misturava a comemoração com a atrapalhação dos primeiros retornados e refugiados que chegavam das ex-colónias. A mistura de duas realidades que se iriam transformar num drama logo no ano seguinte.
Hoje passados 40 anos temos outros refugiados, vitimas de outras politicas que vigoram por outros dinheiros e por outros interesses, mas que o mundo parece não ter capacidade para resolver o problema. Porque o problema é uma gigantesco problema de choque cultural, de invasão, de direitos, de fugas, de petróleo, de armas, etc etc Nós fingimos que não é nada connosco.
Não sei dar opinião. Qualquer justificação e postura é má.
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
terça-feira, 18 de agosto de 2015
sábado, 20 de junho de 2015
Alunos da professora Madalena Monteiro
Professora Maria Madalena Monteiro 1986/87?
De cima da esq para direita:
1.Isabel Nunes, 2.Ana, 3.Carla Matos, 4.Alexandra Vilela
Alexandra, 5- Claudia e 6- Simone, 7. Ana Isabel, 8 Francisco.
Bruno Silva,Frederico Bento, Hugo Miguel Santos Silva, Hugo
Emanuel Cardoso, Marco Conde, Licínio, Vitor Brites, Adelaide Gaspar (
laidinha) minha prima.
terça-feira, 16 de junho de 2015
OS DIVERSOS SÍTIOS ENCONTRAVAM-SE NESTE SÍTIO
OS DIVERSOS SÍTIOS
ENCONTRAVAM-SE NESTE SÍTIO
Em qualquer hora que passe pelo largo de S. Pedro, encontro-o quase sempre
vazio - vazio de pessoas, vazio de tarefas, vazio de vivências.
É um dos casos em
que a renovação do desenho urbano não resultou, sendo urgente repensá-la. Nem tudo
o que se estuda de forma racional e de régua e esquadro, tem sucesso.
Apresento-vos um buraco negro na renovação da cidade de Vila Real. Parecia que
iria dar certo, mas não deu.
Há uns anos, tínhamos
um caos humanamente saudável, transformado num ponto nevrálgico da cidade,
feito de imensas realidades que tentavam coexistir em simultâneo. Pessoas e
automóveis misturavam-se a diversas horas do dia, com uma vitalidade própria
das cidades que mexem. Foi assim durante muitos e muitos anos. Os automóveis,
as entradas e saídas do culto religioso da igreja de S. Pedro, a passagem de
crianças idas e vindas do infantário de S. Pedro e do colégio S. José, os
aldeões que chegavam à cidade para comprar e vender produtos, as sementes, as
couves para semear e as galinhas com pintainhos, a camioneta que custava a
passar entre os peões e expelia uma fumarada brutal, as mulheres que carregavam
a cesta à cabeça com arrecadas nas orelhas, os homens de varapau ou bengala que
carregavam samarras de domingo, os negócios que se faziam em poucos minutos,
enquanto não passava a “carreira” ou o “carro de praça”… as discussões entre os
taxistas disputando clientes, os convites para ir beber um copo ao Pimentel e
fazer uma boquinha com uma patanisca de bacalhau… realidades e vivências que vestiram
esta praça e áreas adjacentes. De vez em quando, os bombeiros a querer sair com
o carro, do lado mais nascente do espaço, tendo a saída bloqueada por toda
aquela confusão, largavam a sirene para sobressaltar toda a gente.
O largo de S.
Pedro era um espaço urbano desorganizado e sujo, que servia de ponto de
encontro entre pessoas, oriundas de diversos sítios. Os diversos sítios encontravam-se neste sítio. Era um espaço urbano
com vida, vivido a várias velocidades, que se traduziam em sons variados, numa
paleta urbana muito rica e característica. Era ali que se fazia a articulação
entre a cidade e o campo. Zona de charneira entre realidades distintas e
simultaneamente muito próximas (aglomerados populacionais localizados na
periferia de Vila Real num raio de 20km), tendo como cenário de fundo, a cidade
transmontana capital do distrito. Os de Sanguinhedo vinham à cidade e
encontravam-se aqui com os que vinham da Samardã. Os de Fornelos perguntavam
pelas uvas aos de Parada do Pinhão. Os de Justes faziam os possíveis por ignorar
ostensivamente os de Lamares. Os da Bouça combinavam a ida à festa da Sra da
Pena com os de Fortunho e os de Vale de Nogueiras compravam os panelos aos de
Bisalhães. Os cães vadios passavam e mijavam na base das árvores, felizes por
toda aquela animação, abanando o rabo e cheirando cada pormenor deste festival
de odores… uma festa aqui, uma comida acoli.
Havia pouco onde sentar… Era um quadro que tinha tanto de surreal, como de
genial e que permanece certamente na memória colectiva.
Este era o local
que mais negócios testemunhou entre fulanos,
cicranos e beltranos. Um coração
urbano, com um bom ritmo cardíaco, bem ginasticado com excessos, acordos e
desacordos… mulheres havia que aqui chegavam de poupo na cabeça e saiam de
permanente perfumada. Não havia multibanco, o dinheiro aparecia no meio das mãos,
notas de escudos e réis, puxadas do bolso das calças ou das carteiras,
resultante por vezes da venda de uma junta de bois, na feira do Sto António.
Vendiam-se tremoços aos miúdos que choramingavam já cansados de um dia inteiro
na Bila, com os sapatos a apertar. Vendiam-se flores pelos Santos. Anunciavam-se
os figos, as tangerinas, as cerejas e as castanhas. Passava sempre um cego de
Vale d’ Agodim a pedir esmola. Atirava-se lixo para o chão, pois cascas de
tangerina e cascas de amendoins sempre foram biodegradáveis.
Logicamente
emergiam diversos problemas, como sempre acontece no caos. Tentou-se organizar
o espaço urbano, corrigir erros, redefinir traçados de arruamentos, dividir o
espaço de permanência de peões, do espaço de circulação automóvel, beneficiando
largamente a área para a permanência dos cidadãos pedestres, melhorar pisos e requalificar
espaços. Reordenou-se a circulação, condicionou-se o trânsito, retiraram-se os
táxis e as camionetas, renovou-se a vedação. As árvores permaneceram, a igreja
de Nasoni também, os espaços construídos, idem. Localizaram-se bancos exteriores
e duas esculturas de significado inexpressivo. Tudo muito saudável, tudo muito clean!!!!!!
Parecia que seria melhor para todos, não parecia? Parecia ser esse o
caminho natural para a resolução de problemas, parecia que iriamos dar um passo
civilizacional…
Os aviões
costumam desaparecer nos buracos negros… A praça de S. Pedro converteu-se num
buraco negro, pois toda esta palpitação urbana, emigrou para uma outra
dimensão, sumiu-se, finou-se completamente. Resta uma praça quase deserta
infestada em certos momentos pelos ratos voadores mais conhecidos por pombas,
mais os carros estacionados em filinha na via de acesso condicionado. Os bancos
existem, mas estão vazios. Os comerciantes viram os seus negócios a tornarem-se
moribundos. O cego mudou de sítio ou aposentou-se (sei lá bem!!!), o puto
ranhoso já não quer saber dos tremoços, agora prefere um tablet, a chiclete e
calça sapatilhas nike, o Pimentel
deixou de ser um tasco e a cidade vai-se esvaziando.
Temos bancos
modernos, temos duas esculturas amorfas modernaças, temos uma universidade
sénior, temos imensa sombra pelo verão, temos tudo limpo de sujeira e de
pessoas, temos os bombeiros sem barreiras e falta-nos tudo o resto que conferia
a esta cidade uma poderosa identidade.
Publicado em NVR em 16/06/2015
quinta-feira, 4 de junho de 2015
A romãzeira chorosa
LIVRO INFANTIL
AUTOR: António Caseiro Marques
ILUSTRAÇÃO: Anabela Quelhas
Local de compra: Notícias de Vila Real
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Memórias de Ofícios
Chamaram-lhe alugador de altifalantes - exposição Memórias de Ofícios, no Museu de Arquelogia, Vila Real
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
A Farrapada
A Farrapada
O adeus à
carne não se chamava Carnaval, mas sim Entrudo, porque na verdade significava a
entrada na quaresma, aqui no Portugal de Trás-os-Montes, esquecido e afogado no
mar de pedras também da serra do Palão… mistura entre o sagrado e o profano,
iluminada por séculos de agradecimento à mãe natureza, enigmática, cíclica e
pontual, e condicionada pelos rituais religiosos de temor a Deus, que oscilam
entre o castigo e a dádiva.
As origens que
se atribuem a esta festa popular, perdem-se no tempo, mas aquela com que mais
simpatizo e se articula melhor com o que vou recordar, será a de origem grega,
apenas porque se honra Dionísio, deus do vinho, entidade que descobriu que o líquido
extraído da uva, para além de ter um óptimo sabor, dá alegria imensa a quem o
prova.
A aldeia de Justes
já teve um Entrudo a sério, castiço e original, profano e irreverente- pelo
menos diferente de todos os que conheço.
A “farrapada
do Albano Tendeiro” saia à rua no dia do Entrudo, terça-feira de Carnaval. Era
assim que se designava o grande grupo de mascarados, que saiam à rua assustando
os mais pequenos e passando por diversas casas, solicitando/exigindo vinho,
enchidos ou dinheiro. Muito vinho.
A despedida da
carne, ritual pagão, absorvido pelo cristianismo, ou o que se quiser chamar, em
Justes manifestou-se durante muitos anos, de uma forma rural, quase primitiva e
naife. Não era um grupo agressivo,
mas as crianças mais pequenas assustavam-se com a invulgaridade com que se
apresentavam – andrajosos, irreconhecíveis e perturbadores – diferentes de tudo
que viam durante o ano, numa aldeia de gente trabalhadora e sossegada.
Este grupo era
presidido pelo estimado Albano Tendeiro, homem bem-disposto e temente a Deus. Fora
do Entrudo e nos seus tempos que restavam da lavoura árdua e quase desumana,
desempenhava funções de sacristão da igreja de Justes, assegurando grande parte
do serviço religioso aos fiéis devotos da igreja.
No dia do
Entrudo, terça-feira gorda, Albano, divertia-se à grande e fazia divertir. Depois
das tarefas caseiras estarem cumpridas, juntava os foliões numa das lojas da
sua casa, localizada na Eira, ao lado dos porcos e das duas vacas que
arrastavam o arado para rasgar a terra. Recolhiam a fuligem depositada na base
das sertãs (frigideiras) ou de outros recipientes que iam ao lume (fogueira), e
pintavam os rostos e pescoços com essa graxa negra, carbonada e opaca - mistura
de carbono e gordura. Apostavam de seguida no contraste com o branco dos olhos
e dos dentes, sendo estes últimos reforçados em tamanho com pedaços de cebola.
O resultado
era bizarro, estranho, assustador e supostamente pouco saboroso.
O resto da
fantasia era composta por tudo que fosse possível vestir, vestidos e calças
velhas, lençóis ou cortinas em desuso, chapéus, paus, mocas ou bengalas, e
muito especialmente guarda-chuvas estragados, de varetas torcidas e tecido
esfarrapado, formando uma autêntica farrapada sem nexo, tangenciando o surreal,
o tétrico e o terror, só comparado com o célebre triller de Michel Jackson,
criado muitos anos depois.
Saiam ao fim
da tarde em grande grupo, já na hora do lusco-fusco e a sua passagem era
anunciada por vários gritos de tonalidade UUUUUUUUUUUUUUUUhhhhhhhh, de caretos
de palha que os antecediam ou outros aldeãos que os seguiam divertidos.
A farrapada
parava a cada porta de adega e o vinho servia-se em exagero, em copo, em púcaro,
no almude ou diretamente da pipa. Bebiam fazendo renascer Dionísio,
simbolizando a ressurreição da natureza e a fertilidade da terra. Homens
toscos, de calos nas mãos, sofridos de trabalho de sol a sol, nunca conheceram
Dionísio, nem sonhavam sequer que o seu conhecimento ascentral se mantinha
intacto no seu código genético, aflorando no Entrudo.
Era uma folia
reservada apenas ao sexo masculino. As mulheres e as crianças, permaneciam em
casa resguardando-se de previsíveis usos e abusos, provocados pelo estado
etílico de quase todos.
Bebiam, bebiam
cada vez mais pela noite que escurecia as ruas, numa orgia farrapal e
andrajosa, até a euforia atingir o seu auge, no enterro do Entrudo. Percorria
todas as ruas da aldeia, acompanhado de alguma encenação critica, que
satirizava publicamente situações que durante o ano andaram na boca do povo.
Finalmente, após leitura do testamento, queimava-se um boneco que representava
o entrudo, que tinha a característica de ser bem apetrechado ao nível do sexo e
redondezas, e onde todos simulavam o choro e os gritos, carpindo a despedida do
inverno.
domingo, 15 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
A tortura do bigodim
A tortura do bigodim
Um dia destes, estando a observar uma antiga fotografia e
querendo identificar cada uma das mulheres ali fotografada, uma das minhas
irmãs surpreendeu-me dizendo:
-Essa não pode ser fulana, porque já está de cabelo cortado!
O que é que isto tem de especial?
Aparentemente nada, para quem desconhece a transmontaneidade
ainda bem próxima de nós.
É uma verdade que a forma e o corte do cabelo das mulheres
caracterizam uma época.
A cultura judaico-cristã influenciou a mulher a usar o cabelo
comprido. Nunca vi nenhuma figura religiosa de mise e Madalena usava longos cabelos. Só os anjos tinham os rostos
emoldurados em ´suaves caracóis.
“Mas ter a mulher cabelo crescido lhe
é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu”
(livro de I Coríntios 11:15), mas este, esteve sempre associado aos conceitos
de beleza, especialmente à feminina. Cabelos longos também podem expressar sedução
(Afrodite deusa grega, cobria a sua nudez com os seus longos cabelos) ou força
(a força de Sansão localizada na cabeleira). Os nazis rapavam os cabelos das
mulheres judias…
Antes dos
secadores de cabelo se vulgarizarem, logicamente era muito mais fácil manter
uma boa higiene nos cabelos curtos, do que nos compridos. Mas era mais facil
pentear cabelos compridos do que cabelos curtos, estes já exigem uma certa
mestria no pente e na escova. Os cabelos compridos possuem vários recursos para
se apresentarem bem e bonitos - as
tranças, os poupos com trança ou sem
ela, o rabo de cavalo, o cabelo enrolado na nuca, a banana… - que qualquer
mulher sabe executar.
Foi assim que
as mulheres transmontanas se apresentaram durante séculos, de poupo na cabeça,
tendo já cabelos grisalhos ou não. Em crianças poderiam andar de guedelha
solta, mas mal se tornavam mulheres, a guedelha era obrigatóriamente domada e
apertada. A utilização de travessas decorativas, ganchos e passadores, enriqueciam
essa arte de pentear os cabelos tornando-os ainda mais femininos e belos, no
seu processo de domesticação.
A nova ordem
mundial, pós segunda guerra, gerou transformações profundas na sociedade ocidental, entre as quais a
condição da mulher – a mulher começa a trabalhar fora de casa durante a guerra,
substituindo a mão de obra masculina e nunca mais abdicou desse direito e dessa
boa prática.
Em simultâneo, na década de 40, a ondulação dos cabelos, a
quente e a frio popularizou-se e passou a ser sinónimo de modernidade,
destronando as tranças e os poupos milenares, mesmo no Portugal mais profundo.
Não havia televisão, mas havia jornais e as novidades iam chegando a todo o
lado.
A revolução dos cabelos das nossas mães e avós, foram
determinantes no caminho de emancipação da mulher. As tranças feitas de cabelos
lisos e sedosos, cortaram-se mediante sábias tesouradas realizadas nos famosos
cabeleiros Bragança, Pimentel e Arcádia, localizados no centro da cidade, onde
infestava o odor de químico corrosivo da ondulação permanente, ácido tioglicólico. As mulheres abandonavam pacientemente as
suas cabeças aos ferros quentes, durante horas e horas de sofrimento, com as
cabeleiras divididas aos quadradinhos, transformando os cabelos de espeto, em charmosas
cabeleiras cheias de pequenos caracóis que duravam vários meses. Ao saírem do
cabeleireiro, as mulheres vestiam um verdadeiro paradoxo: davam um passo em
frente na sua emancipação – permanente na cabeça e trança cortada na carteira
para guardar em casa como recordação – e em simultâneo passavam a ser
dependentes do cabeleireiro, pois passados uns meses voltavam, para se
submeterem de novo à tortura do bigodim.
Não sei se ficariam mais belas, as mulheres, mas as curtas /médias
cabeleiras, davam-lhes um ar mais livre e independente, mais próximo de Rita
Hayworth, Ingrid Bergman ou Judy Garland, que passavam no cinema.
Mas nada disto era pacífico, gerava alguns conflitos na
família. Naquela época havia homens de chapéu na cabeça e com o machismo à flor
da pele, que nunca escolheriam mulher para casar, que não tivesse o poupo no cima
da cabeça. Tontices!
A
diferença entre a mulher mais clássica e tradicional e a mulher moderna,
cifrava-se com frequência apenas nesta panóplia do cabelo: com poupo ou sem
poupo, índice que ressurgiu na análise duma velha fotografia.Publicado em NVR
Poupo http://fashionstatement-mulherescomestilo.blogspot.pt/2012/07/o-poupo-do-cabelo-e-outros-pormenores.html
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Hermínio Carvalho
Hermínio Carvalho pintando Justes, certamente de memória articulada com alguma fotografia, a partir do Brasil.
Identifica-se o local - Fontes - e aqui fica o registo de algo que já não existe há mais de 50 anos, o tanque com as lavadeiras.
Hermínio Carvalho, um homem especial com vários passatempos, a pintura era um deles. Sem formação académica artística, um naif em estado puro que se aventurava a pintar memórias.
É visível a dificuldade em desenhar/pintar utilizando a perspectiva rigorosa.
Conheci-o na década de 70. Grande amigo do meu pai, e com um gosto comum, o cinema. Realizaram diversos filmes sobre Justes nos anos 40, que tive oportunidade de ver nessa época.
sábado, 31 de janeiro de 2015
Estrada Nacional
Após várias horas a cair durante a noite. Este é o dia seguinte. Branco rasgado de linhas, que vai sumindo consoante bate o sol.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
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