Alminhas são pequenos locais de devoção popular. Simbolizam as
almas que estão no purgatório, esperando por orações para serem purificadas antes
de transitarem para o Céu.
Por vezes é uma fonte de rendimento da igreja, porque há quem
deixe, para além da oração, algum dinheiro.
Há Alminhas modestas e simples, como estas em Justes, e há
outras mais exuberantes. Localizam-se sempre em lugares simbólicos, como cruzamento
de caminhos, cumes ou locais que sugerem sacralidade ao olhar do povo, para reforçar
o encontro com Deus.
As suas origens perdem-se no tempo, muito mais antigas da
religião Cristã. Alguns estudiosos, interligam-nas com os marcos romanos de
ordenamento territorial, e também à sua origem pagã pré-romana. Por vezes chamam-lhe
oráculos dos Deuses dos caminhos onde os agricultores ou os viajantes vinham
pedir orientação ou sorte aos Deuses, pelo cultivo das terras e boa fortuna da
sua viagem. Não está provado que sejam resultantes da vontade de assinalar o
lugar onde alguém perdeu a vida.
Os pequenos nichos, encastrados em muros, antigamente
poderiam acolher uma pequena estátua de um santo ou um santo pintado na pedra, ou
numa placa de madeira ou um azulejo, mas a ideia das almas do purgatório acabam
por eliminar o culto ao santo
Este exemplar de Justes, já não corresponde ao original, foi
aplicada uma grade em ferro forjado retirando-lhe o minimalismo e rusticidade
original.
Localização: cruzamento entre a rua da Pereira e Rua Alcides Boal.
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