É Natal, está tudo preparado para a grande fogueira que se faz no largo do Boal.
Esta é uma tradição que passa de geração em geração, mas tem como origem os nossos ascendentes pagãos da era pré-cristã.
O chamado Solstício de Inverno, é o dia mais curto e a noite mais longa do ano, que acontece por volta do dia 21 de Dezembro, na mudança do Outono para o Inverno.
Na sociedade actual ocidental, a festa do Solsticio de Inverno é representada pelo Natal.
O Natal, que acontece alguns dias após o Solstício de Inverno e que celebra o nascimento espiritual de Jesus Cristo, é realmente a versão cristianizada da antiga festa pagã da época do Natal.
A fogueira de Natal era acesa para dar vida e poder ao sol, que, pensava-se, renascia no Solstício do Inverno. Tempos mais tarde, o costume da fogueira ao ar livre foi substituído pela queima dentro de casa de uma acha e por longas velas vermelhas gravadas com esculturas de motivos solares e outros símbolos mágicos. Como o carvalho era considerado a árvore Cósmica da Vida pelos antigos druidas, a acha de Natal é tradicionalmente de carvalho. (...)
Justes mantém-se fiel ao costume pagão. Troncos enormes são localizados no largo do Boal, uns dias antes do Natal, e ardem pela noite fora, de 24 para 25 de Dezembro, representando a coesão desta comunidade rural.
Depois da consoanda, crianças, jovens, adultos e anciãos, vão-se juntando à volta da fogueira, convivendo pela noite fora através da conversa, da comida e da bebida, por vezes animada com música popular.
A grande fogueira é unica no ano.
Estarei lá!
(voltarei mais tarde a este assunto interessantissimo da cultura pagã)
Sem comentários:
Enviar um comentário